segunda-feira, 18 de maio de 2015

Católicos estão usando de uma humildade falsa, para fugir do bom combate.

O homem humilde vê-se a si próprio como realmente é. Reconhece as sua fraquezas e os seus defeitos, mas também os seus pontos fortes e as suas capacidade. "Menosprezar os dons que Deus nos deu não é humildade, mas ingratidão" afirma Tomás de Aquino. 

A magnanimidade (tensão do espirito para as coisas grandes) e a humildade (humilhação perante a Deus e o que é de Deus nos outros) são duas coisas que não podem se separar. Jesus Cristo demostrou um grau extremo de magnanimidade ao cumprir a missão mais elevada que pode existir: divinizar o homem e conseguir sua salvação e felicidade eternas. Ao mesmo tempo, revelou um grau extremo e humildade: tomou a forma de servo, morreu numa cruz e ofereceu o seu corpo à humanidade como alimento espiritual. Infelizmente, a palavra humildade adquiriu nos nossos dias uma matiz pejorativo,. A pessoal "humilde" parece carecer de ambição, de nobreza e de honra. "Humilde" é aquele que não espera nada da vida, que passa "despercebido". 
São numerosos os cristãos que difundem com o seu comportamento esta falsa ideia de humildade. São muitos os que se submetem docilmente aos "caprichos dos destino" ou a uma sentença injusta da autoridade; não compreendem a grande diferença que há a profunda reverencia por aquilo que há de Deus nos outros e a humilhação servil em face do poder iníquo. Há outros a quem repugna  a própria ideia de procurar a perfeição na vida pessoal e profissional desconhecem o mandamento de Cristo: sede perfeitos como vosso pai celestial é perfeito. Para esses, é melhor pecar "humildemente" do que procurar "orgulhosamente" a perfeição, como se o pecado não tivesse nada haver com a soberba e a perfeição não tivesse nada haver com humildade.
Está falsa humildade é o refugio dos pusilânimes. Não é virtude, mas autocastração , e contradiz grosseiramente a dignidade humana. Este tipo de humildade que Nietzsche tinha na cabeça, quando qualificava a moral Cristã como moral de escravo.  Os falsos humildes fogem de sua obrigações pessoais profissionais e sociais. Afirma Escrivá: "Essa Falsa humildade é comodismos: assim, tão humildezinho, vais abrindo mão dos direitos...que são deveres. 
O homem humilde vê-se a si próprio como realmente é. Reconhece as sua fraquezas e os seus defeitos, mas também os seus pontos fortes e as suas capacidade. "Menosprezar os dons que Deus nos deu não é humildade, mas ingratidão" afirma Tomás de Aquino. 
A palavra humildade vem de húmus, uma matéria orgânica essencial para fertilidade do solo. a humildade é fertilidade não esterilidade. " A humildade e a magnanimidade - escreve Pieper - não só não se excluem e mutuamente, mas  na realidade  são vizinhas e parentes. Uma humildade demasiado débil e estreita para poder suportar  a tensão interna da coexistência com a magnanimidade não é verdadeira humildade. Graças a esta tensão entre humildade magnanimidade, os lideres nunca se tomam demasiado a sério de si mesmo. A consciência da diferença entre grandeza do seu ideal(magnanimidade) e dificuldade de leva-lo (humildade) faz com que se riam de si mesmo com simplicidade e bom humor. Os soberbos nunca se riem de si mesmo; os pusilânimes só o fazem com ironia. 
A humildade cresce como uma semente posta no mais profundo coração. Desenvolve mediante os exercícios da vontade e floresce finalmente quando o líder pões em prática os três grandes princípios que hão de nortear a sua relação com as pessoas que dirige na sua empresa: a inclusão, a colegialidade e a continuidade.  

Trecho do Livro "Virtudes & Liderança" de Alexander Havard.

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